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J. Edgar e a Dama de Ferro são dois nomeados para os Óscares deste ano. Ambos biografias, ambos recordações de pessoas que marcaram a sociedade pela sua força de ser, ambição e inteligência. Margaret Thatcher foi a primeira mulher, e única, a assumir o cargo de primeiro ministro do Reino Unido. J. Edgar Hoover foi durante 48 anos chefe do FBI - tendo servido 8 presidentes e 18 secretários de justiça - mas isto nem é a melhor parte sobre este homem, mas será para descobrir isso mesmo para que serve o filme.
Recorrendo a duas personalidades tão carismáticas é interessante analisar como é que cada filme procurou os defeitos, as amarguras, os delitos, as contradições de cada personagem. Numa procura incessante pela afirmação de que não existem heróis, apenas pessoas iguais a nos que por quererem conseguem atingir os seus objectivos. É uma abordagem de dois realizadores bastante interessante. Que no entanto, chega a ser degradante e de mau gosto.
Nunca acompanhei de perto o trabalho de João Salaviza, apesar de ser, por varias vezes, referido quando o tema é o cinema português. Talvez seja por inveja, hei quem é que não gostava de ter no currículo uma palma de ouro e agora um urso? Ou por desdém, ou porque, simplesmente, ainda não me convenceu. Facilmente admito que tenho pena dele, porque nem eu pareço estar convencida nem nenhum português que se preze, note-se o sarcasmo sff. Não percebo como é que não foi dado mais ênfase ao sucedido, como é que a curta não foi já anunciada para breve num canal...Será pedir muito? Um pouco de ajuda? Não ao Salaviza, nem a mim mas ao Cinema Português? Porque, nesta onda de sinceridade, há muita merda portuguesa nos cinemas, em dvd e que infelizmente ficará para sempre na minha memoria mas também à muita merda da boa. Por favor, dêem-me a oportunidade de detestar ou amar. Dêem aos portugueses a oportunidade de se queixar ou de celebrar o talento nacional.
Aqui fica Rafa por João Salaviza.
IN EXPRESSO (19 de Fevereiro): Salaviza tem esperanças de mostrar "Rafa" no circuito comercial, "embora também já não haja muitas salas de cinema" em Portugal. Ou, pelo menos, salas de cinema "como antigamente, onde uma pessoa ia com o intuito de ver um filme e não para comprar uns ténis".